domingo, 27 de janeiro de 2013

"Dando o melhor de um talento


De modo que, tendo diferentes dons, segundo a graça que nos é dada, se é profecia, seja ela segundo a medida da fé; se é ministério, seja em ministrar; se é ensinar, haja dedicação ao ensino; ou o que exorta, use esse dom em exortar; o que reparte, faça-o com liberalidade; o que preside, com cuidado; o que exercita misericórdia, com alegria. (Romanos 12:6-8)
Quase todos nós já vimos equipes onde as pessoas precisam desempenhar uma função que não é para elas: um contador forçado a trabalhar com pessoas durante todo o dia, um atacante que precisa jogar na defesa, um guitarrista que ocupa o lugar do tecladista, um professor envolvido em trabalhos de escritório, uma esposa que odeia a cozinha mas é obrigada a cozinhar. O que acontece com uma equipe quando um ou mais de seus integrantes constantemente atuam em uma posição que não é própria para eles? Em primeiro lugar, isso “baixa a moral” porque a equipe não está trabalhando em toda sua capacidade; em seguida, surgem os ressentimentos. As pessoas obrigadas a trabalhar em uma posição estranha para elas se ressentem porque não podem desenvolver toda sua capacidade. Além disso, outras pessoas na equipe que sabem que na posição correta poderiam render muito mais do que naquela que estão ocupando no momento ficam ressentidas com o fato de suas habilidades estarem sendo desperdiçadas.  Dentro de muito pouco tempo, as pessoas perdem o interesse de trabalhar como uma equipe. E a situação começa a piorar a cada dia. "

Por John Maxwell. 

Nesta última madrugada aconteceu o segundo maior acidente por incêndio do Brasil. 245 mortes confirmadas. Um local fechado, super lotado, com pessoas a frente administrando sem a preocupação principal que deveriam ter quando se comprometem a oferecer lazer a pessoas: o cuidado com a vida de cada cliente. Músicos preocupados apenas com o seu show; querem fazer bonito... e vamos soltar fogos sem sequer checar o risco da ação. Um estabelecimento que não proibiu a utilização desse show pirotécnico. Por quê? Será que todos os responsáveis por este acidente - e não incidente - estavam dando o melhor de seus talentos? Trabalhar com pessoas e para pessoas requer preocupar-se com elas. Ninguém pensou na segurança dessas vidas? Será que a vaidade artística e a ambição administrativa não falaram mais alto que o exercício de seus talentos? Fica a reflexão. Tudo o que fazemos deve ser de coração e com responsabilidade. E pensar no próximo é o caminho ensinado pelo nosso maior Mestre - Jesus - para o sucesso. Retomo aqui um trecho de outro texto do próprio John Maxwell já publicado neste blog:
"... Para obter sucesso pessoal, você deve tentar ajudar os outros. É por isso que Zig Ziglar diz: “Você pode ter tudo o que quiser na vida se ajudar os outros a terem o que querem”. Como você faz isso? Como você tira o foco de si mesmo e começa a acrescentar valor aos outros? Você pode fazer isso:
Colocando os outros em primeiro lugar em seus pensamentos;
Procurando descobrir as necessidades dos outros;
Atendendo a estas necessidades com excelência e generosidade."


Que todos os profissionais possam refletir nestas palavras e reavaliar se realmente estão usando bem os seus talentos.
E oremos por essas vítimas e familiares. Que Deus os conforte e lhes dê força.

Rita Cerqueira