segunda-feira, 15 de agosto de 2011

"Aproximem-se de Deus, e Ele se aproximará de vocês." ( Tg 4.8)

Quando criança, aprendi a rezar. Até hoje tenho em minha mente as 3 rezas que sempre fazia antes de dormir: Santo Anjo do Senhor, Ave Maria e Pai Nosso. Foi muito bom porque cresci tendo conhecimento da importância de Deus na minha vida. A minha mãe me ensinou a agradecer pelo meu dia e pedir proteção para uma boa noite de sono. E assim eu faço até hoje. E assim também estou ensinando a minha filha (5 anos) e pretendo ensinar ao meu filho (que está no ventre - 6 meses). Posso dizer que tive uma base religiosa... será? Sim, eu tive. Não só por conta das rezas, mas pelo exemplo de gratidão e respeito a Deus. Que bom! Eu cresci sabendo da existência Divina em minha vida.
Daí em diante, comecei a vivenciar e perceber as mensagens contidas nas rezas que eu falava toda noite. Lembro que eu tinha medo do final da Ave Maria, quando dizia " ...agora e na hora de nossa morte. Amém." Eu pensava que não queria morrer! E tinha medo de repetir essa parte da reza. Era como se eu estivesse atraindo a morte... mas, isso também foi bom! Afinal eu estava tentando entender o que falava para Deus diariamente.
Um dia, ganhei um livro de orações que dividia o Pai Nosso em partes, junto com a interpretação de cada trecho. Chamou a minha atenção a frase: "... perdoai os nossos pecados assim como perdoamos os nossos pecadores..." ou, dependendo da religião, "... perdoai as nossas ofensas assim como perdoamos a quem nos tem ofendido..." e eu não conseguia mais rezar essa parte do Pai Nosso desse jeito... eu pensava que Deus só iria me perdoar se eu conseguisse perdoar também. Mas é tão difícil conseguir perdoar em algumas situações... e eu nao podia mais falar isso porque senão Deus ouviria minha reza e não mais me perdoaria os pecados porque eu não era capaz de perdoar e, portanto, não estava cumprindo o trato de perdoar para poder ser perdoada. Sabe o que eu fiz? Mudei a reza! Comecei a falar assim: "... perdoai as nossas ofensas na medida que eu conseguir perdoar a quem nos tem ofendido..." ou "... perdoai os nossos pecados na medida em que perdoamos os nossos pecadores..." Achei esse trato mais justo e seguro! Confesso que até hoje é assim que o Pai Nosso sai de minha boca.
Mas, o importante é que eu continuava a tentar entender a conversa que aprendi a ter com Deus. E foi assim que cada vez mais fui buscando reflexões e conhecimentos que ajudassem o meu diálogo com o Pai. E comecei a entender que a reza por si só são palavras que repitimos muitas vezes sem pensar. E senti a necessidade de um Deus mais vivo, que fosse além das palavras... não bastava mais para mim fazer um monólogo para Deus; eu precisava de respostas e mais que isso, eu precisava e preciso sempre SENTIR  a presença de Deus. Mas para vivenciar o Divino é necessário AÇÃO e não só oratória. E assim descobri: ORAR + AÇÃO = ORAÇÃO. Descobri que Deus não está longe, sentado em um trono de um reino distante, ouvindo meus clamores apenas. Meu Deus é comigo, meu melhor amigo, meu Pai, meu sustento, minha prioridade. Hoje sei que ORAR é melhor que rezar, pois é assim que consigo interagir com Ele. E orar é abrir o meu coração e ser sincera, reconhecer os meus erros e pedir ajuda para consertá-los; é reconhecer a presença de Deus e como Ele age em minha vida, estar atenta aos Seus ensinamentos e sinais diários. É saber que se quero ser perdoada eu preciso sim aprender a perdoar, por mais que seja difícil... é buscar a minha reforma íntima, tentar constantemente SER CRISTÃ, digo, seguir as orientações de Cristo, pois só me santificando conseguirei entrar em comunhão com o Divino.
Me aproximar de Deus é seguir o caminho do Evangelho e ser exemplo para que os que me rodeiam também façam a mesma escolha. E assim Deus pode se aproximar de mim, porque entramos na mesma sintonia.
Por isso, quando vier a ira, tente se dominar, não dê espaço!
Quando se pegar falando mal de alguém, pare! Corrija-se!
Quando tiver uma dificuldade ou aborrecimento não chame um palavrão! Ore e peça a Deus para lhe acalmar!
Treine a sua mente e suas emoções para se aproximar de Deus... só depende de você.
Nós somos o que nos educamos para ser.
Foi para isso que o nosso Pai nos deu a razão e o livre arbítrio.
Não somos animais irracionais que reagem por impulso! Podemos sim controlar nossos instintos e, com o tempo, o que era tão difícil dominar em nosso emocional começa a ser parte natural de nossa personalidade.

Eduque-se para o bem! Eduque-se para Deus! E veja como a sua vida irá se transformar.

Aproxime-se do exemplo que Deus nos deu - Jesus Cristo - e Deus também irá se aproximar de você!

Rita Cerqueira

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